17 de agosto de 2011

Introdução

    O romance Menino de Engenho é uma das obras da Literatura Brasileira mais interessantes, se destacando principalmente entre as que tratam de assuntos relacionados á realidade Nordestina na época dos engenhos e da escravidão. A história é interessante e sentimental em certos aspectos. Ela descreve com emoção e de forma direta uma sociedade rural, latifundiária e escravocrata. Alguns elementos como as crenças populares e as características da região onde a historia se passa, aproximam o romance fictício da realidade, tornando a leitura mais cativante, ou seja, é uma obra trabalhada intelectualmente e feita para ser analisada, não é um passatempo, entretanto um documento de análise. Mostra também o especto pessoal e sentimental de um menino que logo cedo ficou orfão de mãe e com um  pai com as faculdades mentais atormentadas, e questões como a descoberta do corpo e da sexualidade prematura, sem nenhum tipo de orientação.

Sobre o autor

José Lins do Rego
O autor, José Lins do Rego

       José Lins do Rego Cavalcanti nasceu em 3 de julho de 1901, no Engenho Corredor, em Pilar, na Paraíba, e faleceu no dia 12 de setembro de 1957, no Rio de Janeiro.
    Filho de João do Rego Cavalcanti e Amélia Lins Cavalcanti, foi criado no engenho Corredor, de propriedade do avô materno, quem o criara devido à morte precoce da mãe.


   O romancista, jornalista e cronista, José Lins do Rego ingressou no Internato Nossa Senhora do Carmo aos oito anos e lá permaneceu por três anos.
Por volta dos 17 anos teve contato com obras de Raul Pompéia e Machado de Assis.


    Em 1919 ingressou na Faculdade de Direito do Recife e passou a escrever uma coluna para o jornal “Diário da Paraíba”, se formou em 1924. Nesse período ampliou seus contatos com o mundo literário. No ano de 1924 casou-se com D. Filomena Masa Lins do Rego, em 1925 tornou-se promotor em Manhuçu, MG, já em 1926 mudou-se para Alagoas onde se tornou fiscal de bancos e de consumo.


    Em Alagoas teve contato com diversos escritores como Graciliano Ramos e Rachel de Queiroz.
     Publicou seu primeiro livro em 1932, Menino de engenho, que se tornou grande sucesso, posteriormente publicou Doidinho (1933). Após o sucesso de suas publicações, o editor José Olympio lhe propôs uma edição de 10 mil exemplares para o próximo romance.


    O escritor, muito estimado pelo público, tornou-se um escritor de prestígio e em 1935, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde voltou a escrever para jornais e foi secretário da Confederação Brasileira de Desportos (1945 – 1954).
     No ano de 1936, publicou Histórias da Velha Totonha, seu único livro infantil. Suas obras começaram a ser traduzidas em vários idiomas. O romance Fogo morto (1942) é reconhecido como sua obra-prima.


    O escritor consagrou-se como romancista da decadência dos senhores de engenho e como mestre do regionalismo. Em 1953, publicou seu último romance: Cangaceiros.
     Em 1956 José Lins do Rego tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras, nesse mesmo ano publicou Meus Verdes Anos (livro de memórias).
     Morreu em 1957, aos 56 anos, vítima de um problema hepático.

Mais sobre o autor neste link.

Personagem principal

   O livro é narrado em primeira pessoa pelo personagem principal, Carlos Melo, o Carlinhos. Órfão quando ainda criança, era um menino magro e pequeno para sua idade. Apesar de gostar da liberdade e de brincar com outros meninos, Carlinhos tornou-se melancólico, solitário e bastante introspectivo.

Resumo da Obra



     Menino de Engenho conta a história de Carlos, um menino órfão, que aos quatro anos de idade perde a mãe assassinada pelo pai, devido a uma loucura incontrolável. Diante desta situação, Carlinhos é levado pelo tio Juca ao engenho do avô materno José Paulino – o Santa Rosa.
 

    No engenho, Carlos conhece tia Maria, moça de coração bom, generosa e atenciosa que procura suprir com amor a ausência da mãe de Carlos. Além de tia Maria, ele conhece também a tia Sinhazinha, uma mulher velha, com aproximadamente sessenta anos e que implicava com tudo. Todos os empregados da casa tinham que cumprir suas ordens e respeitar suas crueldades.

    Longe dos olhos de tia Maria e na companhia dos primos, Carlinhos conhece um mundo cheio de aventuras, desigualdades sociais vividas pelos empregados do engenho, promiscuidade e desrespeito sexual. E foi neste ambiente desprovido de cuidados e atenção, que Carlinhos começa muito cedo sua vida amorosa, se apaixonando por sua primeira professora, que logo foi substituída pelas primas.

    Fascinado com a liberdade da vida que gozava no engenho, Carlos se encanta com as mulatas, filhas dos empregados do avô. Com elas aflora para uma vida sexual precoce e, aos doze anos de idade, contrai gálico de uma delas, tornando-se o assunto da região. Totalmente sem limites e sem educação, Carlos preocupa seu avô, que não encontra outro caminho a não ser encaminhá-lo para um colégio interno, o lugar no qual se tornaria um verdadeiro homem.

Opinião do Grupo

    O grupo achou que a obra possui uma história muito interessante, mesmo sendo meio triste por causa da morte da mãe de Carlinhos, já no começo da história. Ela se destaca pelo fato de possuir elementos da história da sociedade brasileira escravocrata, e por ter um enredo muito atrativo. A descrição do cenário é bem detalhada. Apesar de não possuir uma linguagem tão atual, a leitura é agradável, de forma que prende a atenção do leitor.

Curiosidades e Downloads

Sobre o autor:
   Em Fevereiro de 2011, o canal Futura exibiu uma série com 11 episódios chamada "Mestres da Literatura". A cada programa era apresentada a históra de um autor da literatura brasileira, possibilitando ao telespectador conhecer a vida e a obra de escritores como Machado de Assis, Lygia Fagundes Telles, José Lins do Rego, Carlos Drummond de Andrade, Lima Barreto, Rachel de Queiroz e outros.
   A série mostrou detalhes da infância, a intimidade em família, informações sobre atividades profissionais desde a formação acadêmica, o estilo literário, além da análise de fatos políticos e de grandes momentos da história do Brasil.
   Abaixo separamos o vídeo sobre José Lins do Rego.






Sobre o livro: 
   A obra de José Lins do Rego não ficou apenas nos livros. Em 1965, Menino de Engenho ganhou uma versão para cinema. O filme obteve grande sucesso e em 2001 foi restaurado a partir de sua matriz original, trabalho que foi concluído em 2003 para exibição do filme na mostra Tesouros da Cinemateca, no Festival do Rio.

Download do Livro:
Menino de Engenho 

Sobre o filme:
  Adaptado do romance de mesmo nome, escrito por José Lins do Rego, o filme contém elementos de outras obras do escritor dentro do chamado "ciclo da cana-de-açúcar".

Sinopse:
  O trem que corta a campina paraibana é um signo das transformações por que passa a produção canavieira e, por extensão, a vida dos personagens. O avô José Paulino, símbolo da resistência senhorial e do apego à natureza, contrasta simbolicamente com o tio Juca, homem ligado às ambições da modernidade industrial.

Cartaz do Filme:

Cartaz do filme de 1965





















Página do filme no Adoro Cinema.


Download do Filme:
Parte 1
Parte 2



Quem somos

   Somos um grupo de alunos do terceiro ano do Curso Técnico de Eletrônica, turma 4324, da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo-RS. Nosso grupo é composto de cinco alunos: André Junges, Bruno Jacobus, Claudio Klein, Nicholas Porto e Raul Sevald. Decidimos fazer este blog depois que nos foi proposto uma tarefa relativa ao livro "Menino de Engenho", de José Lins do Rego, por nossa professora de Lingua Portuguesa e Literatura Marlise Cornellius.

Fotos dos componentes do grupo 

André Junges



Bruno Jacobus
Claudio Klein
Nicholas Porto
Raul Sevald